VIDA DE ARTISTA: O CANTO DA ILUSÃO

 

 

  Um homem invisível em busca de uma sonhada visibilidade que o escraviza, e ao escraviza-lo retira dele o próprio direito da invisibilidade, direito ao ordinário, ao comum. Este homem deseja o reconhecimento de si e dos frutos de seu trabalho, ao mesmo tempo, é justamente este desejo em forma de norma, obrigação, necessidade, que retira dele o equilíbrio necessário para o exercício da liberdade, tornando-o escravo de suas ambições e de todos os homens que lhe podem conceder favores e benesses. Assim de uma independência altiva, solitária, invisível, e mesmo utópica, busca incessantemente angariar aplausos, visibilidade, e algum reconhecimento, concomitantemente, torna-se dependente destas relações.  A armadilha desta situação é a crença que constitui o desejo pelo reconhecimento e consequente consagração, que não virá na maioria dos casos, fazendo que a busca seja incessante e a dependência torne-se a regra, um amanhã que não chega, um lugar ao sol que não aquece, uma visibilidade que não sustenta o corpo carnal e espiritual.  Ou seja, a busca pelo reconhecimento do outro de nossas virtudes e  trabalhos escraviza nossos corpos e almas, nos coloca em competições desleais, no qual não somos mais senhores de si, e sim, simultaneamente vitimas e carrascos de um sistema econômico-cultural que hierarquiza os homens, e nos obriga a lutar por um conjunto de adjetivos que exortam a figura individual, os ditos vencedores, em detrimento de todos os outros homens e suas singularidades.

  Quando André Venzon e Magna Sperb me convidaram para escrever um texto para o catálogo da exposição da artista, com a incumbência de falar de minhas  pesquisas, passei a me indagar o que seria mais adequado nestas circunstâncias. Então, decidi dissertar a respeito do estatuto do  artista em um estado como o Rio Grande do Sul. Certamente estamos longe de um “marasmo cultural” celebre expressão de Iberê Camargo nos anos 1960 ao se referir a Porto Alegre; a ampliação do campo artístico neste Estado, seus museus, fundações, e cursos universitários, geraram outro tipo de configuração que outrora e um contato e diálogo possível com os circuitos nacionais e internacionais. Todavia, esta região guarda particularidades que influenciam as tomadas de posição dos artistas e demais agentes e  seus modos de trabalhar.

1.  Existem muitas projeções e idealizações a respeito da figura do artista construídas ao longo de ao menos seis séculos. Ainda hoje é possível encontrar rumores destas idealizações, significados e funções do ser artista que acabam por compor  determinadas identidades e consequente projeções.

  Giorgio Vasari escreveu durante o renascimento italiano que os pintores, escultores, arquitetos, trabalhavam pela fama, pelo reconhecimento do outro. Esta acepção estava envolvida em uma estratégia de reconhecimento da atividade artística como artes liberais, que iniciou décadas antes das palavras de Vasari, distinguindo-a do labor dos  artesões e de todas as atividades realizadas através das mãos. Isto passava pela ideia que o fazer artístico não era trabalho, mas um exercício da virtude, e por sua vez, devido à “nobreza” de tal atividade, não poderia ser paga, pois não existiria dinheiro nenhum no mundo capaz de pagar o exercício da virtude, fruto de um presente divino, realizada por um homem singular, assim a arte e os artistas deveriam ser patrocinados, incentivados. Certamente os contratos continuaram a existir, e a fixação dos preços permaneceram  possíveis de serem contabilizados, no entanto, como demonstra Baxandall em: O Olhar Renascente, a capacidade do artista, sua mão de obra durante o século XV passou a sobrepujar os outros critérios na atribuição do preço. Quanto mais famoso se tornava o artista maior retorno econômico e outras benesses este angariava. Deste modo,  se constitui um estatuto específico para o artista que gerou bônus e um ônus que até hoje aflige a classe artística. Se neste período a função social  do artista era clara e necessária para os planos políticos e ideológicos e sua virtude era empregada para exortar a aristocracia e o clero, seus palácios e templos, o mesmo não se pode dizer hoje.

  Balzac em meandros dos anos de 1830 escreveu o Tratado da Vida Elegante, que separava os homens em três classes:  O homem que trabalha, o homem que pensa, e o homem que não faz nada; e por consequência cada um expressaria modos de existência: a vida ocupada, a vida de artista, e a vida elegante.

  Em a vida ocupada, que configuraria a existência de um homem que trabalha,  Balzac escreve:

  O tema da vida ocupada não tem variantes. Ao ocupar as mãos, o homem abdica de todo um destino; ele se torna um meio e, apesar de toda a nossa filantropia, apenas os produtos de seu trabalho se tornam merecedores de nossa admiração. (…) Semelhantes às máquinas a vapor, os homens arregimentados para o trabalho são todos produzidos da mesma forma e não tem nada de individual. O homem-instrumento é uma espécie de zero social: ainda que os zeros sejam muitos, nunca chegarão a formar um número inteiro se não forem precedidos de um algarismo significativo. (BALZAC, 2009, p.26)

  Como podemos perceber Balzac estava embebido da mesma ideologia e preconceitos do medievo que contrapunha os exercícios da virtude, as atividades manuais; que por sua vez seriam inferiores e não dignas de um homem-livre. No entanto, os artistas visuais, pintores, gravadores, escultores inegavelmente trabalhavam com as mãos, mas sua atividade seria singular,  Balzac escreveu:

O artista é uma exceção: sua ociosidade é um trabalho e seu trabalho, um repouso; ele é, alternadamente, elegante e desleixado; veste, a seu bel-prazer,  camisa do operário, e decide-se pelo fraque trajado pelo homem da moda; não está sujeito a leis: ele as impõe. (…) O artista é sempre grande. Ele tem uma elegância e uma vida própria, porque nele tudo reflete sua inteligência e sua glória. Tantos quantos forem os artistas, tantas serão as vidas caracterizadas por ideias novas. (BALZAC, 2009, p. 31,32)

   Balzac estava falando da atividade de escritor principalmente, no entanto, estas considerações podem ser estendidas a um corpo mais amplo, assim abarcando as artes visuais, a música e as artes cênicas, pois estava  embebido dos ideais românticos de exortação da figura do artista, que acabara de constituir uma autonomia relativa, gradativamente deixando de servir a aristocracia e ao clero, para passar a executar suas obras sem nenhum tipo de diretriz externa a não ser suas próprias vontades, e assim oferecer seu produto da virtude para um novo cliente, o burguês, consumidor de bens culturais. Ao mesmo tempo este artista negava os valores daquela sociedade burguesa e capitalista que emergia desde a revolução industrial, e surgia como resistência a partir da boêmia e da marginalização,  posteriormente como exemplo de trabalhador livre que se contrapunha para os marxistas ao trabalhador alienado. A arte e suas funções foram neste período elevadas como as mais dignas atividades humanas, a própria expressão do espírito humano. Concomitantemente surgem  templos específicos para seu deleite, ou seja, não a igreja, o palácio, ou a residência privada: o seu lugar ideal torna-se os museus.

   Do fim do XIX e durante parte do século XX o artista aparecerá como um revolucionário e seu trabalho como um meio de transformação social, de emancipação dos seres humanos de um sistema econômico que o escraviza e o emburrece através da indústria cultural. Assim a “verdadeira” arte seria aquela capaz de emancipar os homens, de fazer pensar, ser um meio de crítica,  e reconfigurar a existência do homem que trabalha e que é visto apenas como instrumento, como engrenagem, como  “zero social” nas palavras de Balzac.

Já no fim do século XX e inicio do XXI, ascendem as discussões de um sistema pós-industrial, biocapitalismo, capitalismo flexível, entre outras denominações, no qual o artista tornou-se um empreendedor e assumiu características do mundo dos negócios na gerencia de sua carreira, pouco se diferenciando de outros profissionais autônomos e liberais, e mesmo transformou-se no exemplo para os novos trabalhadores, devido sua flexibilidade, capacidade de inovação, e por trabalhar por um capital diverso do dinheiro.  Assim, igualmente um excelente perfil de exploração,  seu arquétipo passou de alguém crítico, trabalhador livre, meio de resistência a instrumentalização humana e os valores capitalistas do século XIX e XX,  para meio de alienação. No entanto, em nosso momento todos estes perfis aqui brevemente esboçados convivem gerando configurações específicas.

  No Brasil a acepção de Ricardo Basbaum de um artista-etc. descreve a singularidade da atividade em ambientes institucionalmente frágeis como o nacional, fazendo com que os artistas exerçam variadas funções, curadores, professores, pesquisadores, agenciadores e assim por diante, se aproximando da ideia de um artista empreendedor, porém divergindo ideologicamente, pois ser empreendedor significaria uma aceitação passiva aos modos dominantes impostos pela atual ordem econômica, enquanto o artista-etc. seria um meio de crítica e liberdade frente à esta estrutura e suas ideologias, seja dita a verdade, na pratica é impossível distinguir estas duas acepções.

  2.  Ser artista no Rio Grande do Sul implica em ser artista na periferia do sistema nacional, que por sua vez, está na periferia do circuito internacional. Ao mesmo tempo devido a possibilidade de trânsito da informação, o barateamento da possibilidade de deslocamento, e a ampliação do acesso a formação de qualidade, sobretudo pelas universidades federais, passamos e aprendemos a sonhar com São Paulo, Londres, Nova Iorque, Paris, Veneza e Kassel, mas dormimos com o cheiro das latrinas deste rincão.  Somos formados neste país desde o século XIX na sombra das ideologias artísticas dominantes, europeia e a partir da segunda metade do século XX também estadunidense, assim nossos currículos, imaginários e sonhos passam pela Europa e Estados Unidos e um circuito dito global. Continuamos a importar autores, discursos e suas culturas, como bem fiz neste texto, acreditando que somos homens ocidentais e civilizados, quando não somos assim necessariamente considerados, todavia, é necessário acreditar que estamos em diálogo e não em uma posição de subordinação.

  Vivemos  em um Estado que os aparelhos expositivos possuem poucas salas de exibição adequadas, e pouquíssimo apoio econômico na realização de suas mostras.  Um mercado de compra e venda extremamente acanhado, e um ambiente de extrema competitividade entre os agentes da arte pelos poucos espaços, recursos e  postos de trabalho existentes, aliado a isto, uma população nada receptiva as artes visuais e a intelectualidade como um todo. No atual momento presenciamos um ataque à liberdade de expressão, a ampliação de pautas conservadoras e de uma extrema direita completamente ignorante, tacanha, e anti-humana. Chegamos ao ponto de que as diferenças entre uma esquerda e direita são irrelevantes frente às tendências fascistas e obscurantistas que emergem.

Nosso Estado está falido e pouco investe efetivamente em educação e reconhecimento dos professores, muito menos nos aparelhos culturais e formas de fomento.  Temos uma economia embasada no agronegócio para exportação que favorece os latifúndios e uma elite econômica tradicionalmente conservadora e pouco alinhada com um estilo de vida que contemple as artes visuais contemporâneas e a intelectualidade, guardada as exceções essenciais para a constituição do atual sistema, o ambiente sulino é pouco favorável a artistas visuais.

  Aqui ser artista ou professor é receber da boca pequena a alcunha de vagabundo, incompetente, parasita,  e um conjunto de adjetivos deste mesmo calibre. Exercer a atividade artística nesta configuração local  significa literalmente pagar para trabalhar e financiar com seu próprio bolso parte das instituições de exibição, consciente que dificilmente obteremos reconhecimento sequer de nossos vizinhos,  enquanto sonhamos com as exposições, os catálogos, os curadores nacionais e internacionais, tentamos nos convencer que o dinheiro, o esforço físico e mental empregados são investimentos, meios para sair deste  território  e alçar a algum patamar de visibilidade além destes prados.

As designações de artista empreendedor, artista-etc., e mesmo de um artista profissional em termos internacionais, ou a ideia romântica de que a arte e o artista representam a própria expressão do espírito humano encontra  pouco respaldo neste território. Aqui nem as tendências mais progressistas que compreendem a arte e as manifestações culturais como um meio de ampliação econômica, geradora de renda, empregos, riquezas  e transformação das cidades é efetivamente incentivada pelos poderes competentes. Existem exceções e o campo regional deve muito a estas pessoas, no entanto, são exceções e insuficientes para uma mudança e ampliação radical.  Nesta configuração mesmo que o artista vista e assuma os protocolos de um artista empreendedor, aqui não há território fértil o suficiente para angariar retorno econômico para ter uma vida digna, não que não exista riqueza, não há um estilo de vida disseminado ligado à intelectualidade por parte da elite e classe média regional, aspecto que dificulta a constituição de um mercado sólido de compra e venda de arte. Deste modo, muito menos possibilidades terá  um artista de obter modos de remuneração se assumir uma postura romântica de negação aos protocolos sociais e ao capital. O problema do Rio Grande do Sul não é riqueza material, mas a falta de educação em todas as classes sociais, as desprivilegiadas são compreensíveis, mas a classe média e a elite econômica o fazem por desprezo a intelectualidade.

Nestas circunstâncias manifesta-se apenas duas possibilidades reais de existência: ser um artista ligado à universidade e revindicar para si as variadas alcunhas, e aí  ser o Etc., o empreendedor ou o romântico, pois angariou para si uma situação de estabilidade financeira, que o dá certa tranquilidade em seus empreendimentos, mas que exige uma grande contrapartida; ou ser um artista financiado pela família. É comum a junção destas dois modos de existência.  Mesmo os artistas que se autodeclaram empreendedores, ou se entendem nesta situação, devido à oscilação de demanda ligada ao frágil contexto regional, a estrutura familiar é a que garante a continuidade produtiva, como ficou claro durante a pesquisa que realizei nos anos de 2011 a 2013 que resultaram em minha dissertação de mestrado.

Existe uma terceira via que é exercer outra atividade para obter meios de subsistência e assim produzir arte, tirando exceções, estes tendem ficar muito pouco tempo no circuito regional devido às pressões e necessidades da vida ordinária, e os respectivos limites físicos e mentais.

Deste modo, o campo artístico local em suas relações reproduz a desigualdade econômica e social deste país, pois, quem pode financiar a si mesmo? Quem pode financiar suas próprias mostras? Quem pode exercer uma atividade sem se preocupar com o retorno econômico? Quem pode usufruir do ócio necessário à produção artística e intelectual? Existem modos de existência possíveis além dos citados? Sim, mas estes agentes vivem com a pressão e angústia da sombra do amanhã.

3. Nesta conjuntura descrita, fazer arte para quê?  Seria apenas para a manutenção do ego do artista e dos envolvidos, por um capricho pessoal e para o deleite de poucos homens?  Creio que não, pois fazer arte é uma decisão política; política no sentido de se compreender e posicionar-se em um sistema de valores, e isto não implica em uma ou  outra posição política partidária, mas em uma consciência individual de seu papel social.  Produzimos porque sonhamos com a possibilidade de outro mundo, de outra realidade, menos fria, inóspita, injusta e superficial. Sonhamos com uma sociedade que não julgue e classifique os homens por sua aparência, raça, cor, credo ou pelo tipo de atividade que exercem, por seu gênero, sexualidade, ou por sua origem social. Produzimos porque a utopia é necessária para nossa existência e daqueles que sequer nos conhecem. Produzimos porque somos amantes da liberdade, não a que nos escraviza, mas as que nos emancipa. Produzimos para que o outro possa ver o mundo através de uma perspectiva diversa. Produzimos porque arte gera valor e deixa seus rastros em diversos setores produtivos. Produzimos porque os homens são seres que necessitam do simbólico para compreenderem o mundo e a si mesmos.

Apesar de nossas boas intenções como agentes da arte, artistas ou não, sofremos com as conquistas de outrora, pois não somos compreendidos como trabalhadores por boa parte da população, e em função de nossa autonomia relativa, por produzirmos o que bem entendemos, como bem entendemos, e não aceitarmos diretrizes externas a nossa vontade, também torna-se incompreensível por que deveríamos ser patrocinados e incentivados, assim vivemos em um verdadeiro gueto e nossos esforços e contribuição social não são devidamente valorizados.  Mas não somos seres especiais como alguns gostariam de acreditar estilo Europa século XIX e nem nossa função é mais relevante que a de outras áreas do conhecimento.

Tornamo-nos seres que buscam em seu íntimo a visibilidade e  reconhecimento pois assim aprendemos ser este o verdadeiro sol que nos aquece,  acreditando que com isto parte de nossos próprios mundos se modificarão,  gradativamente vamos abrindo mão de uma liberdade solitária, invisível,  de uma autonomia relativa, para o caminho da escravidão de nossos próprios desejos e ambições. Entretanto, somos levados a isto, poucos de nós efetivamente decidem de modo consciente seguir ou não este caminho, e assim nos tornamos homens de vidas ocupadas, não por realizamos atividades manuais e assumirmos funções burocráticas, mas porque perdemos o espírito de autocrítica, nos aliamos àqueles que nos podem gerar benesses mesmo que tenham as mãos sujas de sangue e sejam os novos senhores da senzala, deste modo, nos autoalienamos sonhando com uma vida de artista.

 

 

FELIPE BERNARDES CALDAS

Doutor em História, Teoria e Crítica da Arte pelo PPGAV-UFRGS.

Professor Substituto na Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

 

 

Referências Bibliográficas:

 

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